30/07/2013

Flecha de gelo (primeira parte)

Bem pessoal, essa vai ser a primeira parte da história, como eu disse estou começando a escrever de novo depois de muito tempo, então pode não ficar muito bom, mais como tudo que começa a tendência é melhorar :D

Flecha de gelo - O Inicio

- Boa Tarde senhor o que deseja?
- Olá Kury, desejo arrumar meu arco de caça, estava caçando alguns coelhos e parece que exagerei na força
- Sem problema senhor, passe aqui daqui umas duas horas e ele já estará concertado.

Bem vou contar minha história para vocês, ela não é muito empolgante, na verdade é até um pouco triste, então não espere que eu fale que matei dragões, ou que enfrentei mil guerreiros sozinho, pois nem que eu quisesse eu não conseguiria, meu nome?
Meu nome é Kury, dá onde eu vim? Para ser sincero nem eu sei.

Tudo que me falaram, e que sei sobre mim, é que fui encontrado próximo a Andera a aldeia de gelo do norte, enrolado em alguns panos, e ao meu lado um pequeno pedaço de pergaminho. Bem, passei o início da minha vida em um pequeno orfanato em Woodtran a mais famosa aldeia de arqueiros que já se ouviu falar, pessoas de todos os cantos do continente vem parar aqui em busca de nossas madeiras, por ser uma aldeia de portadores do espirito da terra conseguimos desenvolver qualquer coisa de madeiras da melhor qualidade já vista e quase indestrutíveis.

Ah desculpa eu não falei sobre os espíritos ainda? Bem eu também não sei muito sobre eles, só sei que cada pessoa possui um certo tipo de guardião que segundo os antigos são espíritos que controlam vários elementos da natureza, até onde se sabe existem quatro espíritos, Aduan o espirito da água, Burnat o espirito do fogo, Wodan – o espirito da terra – Vendim – o espirito do vento

Bem, mais voltando onde estávamos, eu sempre morei em Woodtran, desde que me lembro por gente, trabalho em uma pequena loja de arcos que fazia parte do orfanato que fui criado, lá nós aprendíamos a utilizar o espirito da terra, para construir, melhorar, e o melhor jeito de usar tudo que fosse feito de madeira, pois bem, como eu disse minha vida sempre foi muito banal, e eu sempre fui excluído pelas outras crianças por não conseguir invocar nenhum tipo de espirito, sempre que eu perguntava aos Mestres que cuidavam do orfanato me diziam que era por que os espíritos não acolhiam pessoas que eram abandonadas e deserdadas por seus pais. (Bem pelo menos era o que me contavam) isso fazia com que as crianças zombassem, e me excluíssem, sempre que podiam faziam piadas ou zombavam me apelidaram de sem espirito, como não conseguia invocar nenhum tipo de espirito sempre fui o mais dedicado nas aulas de carpintaria, meus professores falavam que por ser um elfo tinha uma habilidade e uma precisão com as mãos que nenhuma outra raça tinha, logo me colocaram pra tomar conta da parte de reparos da loja de arcos, e aqui estou hoje, bem e essa é minha história até agora, mais mal sabia eu que tudo iria mudar de uma hora pra outra...

Era por volta das cinco da tarde, estava finalizando o arco de um senhor que havia passado mais cedo e deixado ela para eu arrumar, quando de repente ouvi os sinos da porta.
- Olá Kury, meu arco já está pronto?
Era o senhor que havia passado mais cedo na loja.
- Ah claro senhor, já está pronto para usar novamente, tenha mais cuidado da próxima vez.
- Ha ha, pode deixar vou tentar ter, esses coelhos, não sei por que insisto em caça-los já passei da idade de ser caçador deveria aposentar meu arco de vez.
- Que isso senhor, o senhor ainda está novo, e outra abandonar um arco desses, seria até maldade, um arco com essa madeira é muito raro de se conseguir.
Podia até não conhecer muito sobre espíritos, mais conseguia reconhecer uma madeira de boa qualidade quando via uma, e aquela com toda certeza era uma madeira muito rara.
- Ah Kury, as vezes esqueço que você tem um olho clinico para madeiras, é verdade esse arco foi feito com madeira de uma arvore do vale do grito.
- Vale do grito?
- Isso mesmo, um ancestral meu conseguiu essa madeira, em uma expedição com vários mestres da terra, por ser um material muito raro, e muito perigoso de se conseguir o preço dela é inestimável, esse arco está na minha família a gerações, é incrível que essa madeira não envelheça, e parece que cada dia que passa ela se torna mais forte, mais chega de histórias, obrigado Kury quanto lhe devo?
- São 4 moedas de ouro e 2 de prata.
O senhor colocou a mão no bolso, e tirou um pequeno saco de moedas, vasculhou um pouco e tirou as 6 moedas e me deu.
- Senhor mais são 6 moedas de ouro, não posso aceitar isso.
- imagina pequeno, você é o melhor carpinteiro que temos, e temos que valorizar o seu trabalho.
Antes de se virar e ir embora ele deu um sorriso e piscou para mim, depois virou e foi embora, fiquei contente e trabalhei o resto do dia pensando naquele senhor.

Quando estava fechando a loja, comecei a ouvir gritos, e uns flash de luzes saindo, de repente um estrondo, tranquei a porta da loja e sai para ver o que estava acontecendo, conforme eu chegava mais perto o som dos gritos ficavam mais intensos, e os flash mais fortes, quando estava chegando no lugar quando sem querer trombei com uma moça, estava escuro já, não conseguia ver muito bem quem era.
- Hey cuidado por ond...
Não consegui nem terminar a frase quando ela me interrompeu.
- Kury, vem comigo, corre, estão mortos, estão todos mortos.
- O que? Quem? O que está acontecendo ali?
A moça me puxou bem na hora que uma bola de fogo passou entre a gente, na hora que a chama passou a claridade me permitiu ver quem era a moça, era Muriel, uma das crianças que viviam comigo no orfanato.
Corremos para um beco escuro, e nos escondemos...

continua...